Profissionais de enfermagem voltaram a cobrar o cumprimento do piso salarial da categoria. Um grupo de dezenas de membros da categoria se reuniu, na manhã desta segunda-feira (25), em frente à sede da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), situada no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O público também protestou por melhores condições de trabalho.
Guiados por gritos como “Não vai ter arrego, ou paga nosso piso, ou não vai ter sossego”, os profissionais de enfermagem também levantaram cartazes e faixas com as seguintes frases: “Não à complementação do Piso Salarial de Enfermagem com a GID” e “Onde estão os R$ 273.000.000,00 repassados pelo Governo Federal?”.
Em contato com a reportagem do BNews, Rives André, técnico de enfermagem há 31 anos, explicou a proposta do protesto. Segundo ele, a mobilização teve início com a aprovação do piso atrelada às modificações do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre “coisas que não estavam na lei”.
“O governo do estado assim o acompanhou [STF], dizendo que as gratificações que já estavam historicamente em nossos contracheques eram piso salarial. Eles estão incorporando a nossa GID [Gratificação de Incentivo ao Desempenho] ao nosso piso salarial. E, pasmem, o governo do estado só irá fazer a complementação do piso, porque o dinheiro já veio: R$ 273.000.000,00. (...) Queremos sensibilizar o governador, a população baiana, de que os profissionais de saúde, que foram chamados de heróis e heroínas, tem direito ao piso, que eles não tenham a gratificação como piso, e sim pague o nosso piso na medida que manda a lei”, destacou o profissional que atua no Hospital Espanhol.
Para Iracema Carvalho, técnica de enfermagem há 17 anos, a necessidade do recebimento do salário digno também gira em torno dos profissionais da área se qualificarem.
“É qualificação, conhecimento, porque é tudo. Se você não tem conhecimento, não tem como desenvolver um bom trabalho. Precisamos buscar qualificação, de que ter salário digno para custear isso aí. As pessoas hoje entram na área de enfermagem achando que vai ser bom, dar o seu melhor, mas quando chega lá é uma decepção muito grande. O salário realmente não nos motiva pra isso, e a gente precisa disso, precisamos que o governo reconheça o nosso valor, do nosso trabalho, porque na pandemia fomos heróis, mas não não queremos título, queremos salário digno. O piso nos foi dado, e é isso que a gente quer”, detalhou a profissional que trabalha no Hospital Roberto Santos.
Fonte: Bnews
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