Órgãos visitam terreno para trabalhadores resgatados de vinícolas

Local vai poder ser utilizado para criação de cabras em arranjo produtivo

Por: Redação 1
20, jun. de 2023 às 01:10
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Órgãos visitam terreno para trabalhadores resgatados de vinícolas
Trabalhadores visitam terreno em Monte Santo (BA) com representantes da UFBA e do MPT; eles foram resgatados em fevereiro em vinícolas do Rio Grande do Sul - Foto Divulgação

Em visita na semana passada aos terrenos que vão ser doados aos trabalhadores resgatados de trabalho escravo em vinícolas do sul do País, o Ministério Público e Universidade Federal da Bahia (Ufba) já entram em fase final para iniciar mais uma etapa do programa Vida Pós Resgate. O objetivo é beneficiar trabalhadores resgatados de situação análoga à de escravos na cadeia produtiva de três vinícolas de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul.

Nos terrenos localizados em Monte Santo e Conceição do Coité, trabalhadores vão poder utilizar o local para a criação de cabras em um arranjo produtivo fomentado pelo projeto. Técnicos dos municípios e do estado participaram da avaliação técnica.

Em Monte Santo, por exemplo, já foi identificado um terreno com características necessárias para a implantação de uma unidade de produção intensiva de caprinos. O projeto busca também parceria com o governo federal.

A participação do estado da Bahia e dos municípios onde o projeto está sendo implantado é fundamental. MPT e Ufba vêm firmando convênios de cooperação técnica para formalizar essa participação. Já estão formalizadas as parcerias com Monte Santo e Conceição do Coité, outro município visitado, onde o projeto busca um terreno adequado para a criação de caprinos. Durante a inspeção feita na semana passada, estiveram presentes a secretária de Assistência Socaial de Conceição do Coité, Vanuza Silva, e o técnico agrícola André Moura.

O programa visa articular com diversas instituições públicas a criação de associações de produtores formadas por pessoas que tenham sido resgatadas de situações análogas à de escravos. Universidade, estado e municípios vão ficar responsáveis pela assistência técnica, parcerias para aquisição da produção e suporte durante o período de implantação.

O MPT vai garantir os recursos oriundos do pagamento de indenizações por danos morais coletivos de empregadores que cometem irregularidades nas relações de trabalho. O objetivo principal da ação é garantir meios para retirar os resgatados da situação de vulnerabilidade e evitar que voltem a ser vítimas do trabalho escravo.

Mais dois polos do Vida Pós Resgate já estão sendo implantados nos municípios de Una, sul do estado, e em Aracatu, sudoeste baiano. Nestes casos os recursos destinados pelo MPT estão sendo empregados na aquisição de equipamentos e insumos.

Fonte: Atarde



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