A partir do próximo sábado, 1º, o governo Lula vai retomar a cobrança integral de Programa Integração Social (PIS) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina e o etanol. Os impostos haviam sido zerados em junho do ano passado, durante o governo Bolsonaro, e voltaram parcialmente em março deste ano.
A nova alta ocorre um mês depois da entrada em vigor de um novo modelo de incidência do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre combustíveis.
O litro da gasolina poderá ficar R$ 0,34 mais caro a partir do próximo sábado (1º). No etanol, o aumento deverá ser de R$ 0,11 por litro. É o que diz a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
Para amenizar o impacto da retomada das alíquotas cheias do PIS e do Cofins, o governo havia decidido cobrar R$ 0,47 pelo litro da gasolina e R$ 0,02 pelo etanol. Isso estaria abaixo dos valores originais, que eram de R$ 0,69 e R$ 0,24, respectivamente.
Além da volta do PIS e Cofins, a partir do novo modelo de ICMS, o governo Lula quer arrecadar mais de R$ 28 bilhões de receita, previstos em um pacote de ajuste fiscal. Dessa forma, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e o de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciaram a cobrança de um imposto temporário de 9,2% sobre a exportação de petróleo bruto.
A maior cobrança de impostos sobre os combustíveis acontece em meio à tentativa do governo federal de aumentar a arrecadação sem cortar gastos, “Quando se fala em ‘aumento de arrecadação’, significa que você [o contribuinte] vai pagar mais imposto. Esse aumento necessário para ter o equilíbrio fiscal é muito grande. Ou seja, nós, brasileiros, vamos ter que pagar mais tributos ao Estado”, opina Rodrigo Saraiva, membro do conselho administrativo do Instituto Mises Brasil.
Fonte: Folha
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