No dia 30 de janeiro do corrente ano, publicamos uma matéria referente ao ajuizamento de uma Ação Civil Pública contra o Município de Cansanção, pelo Ministério Público Ambiental, em razão de irregularidades no ‘lixão’ da cidade. Na ação, o MP requer que o Município elabore e aprove o Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos, atendendo às normativas vigentes no prazo de seis meses.
Na ação, o MP requereu, ainda, que o Município cercasse e mantivesse a área do ‘lixão’ permanentemente fechada, por meio de estrutura adequada que impedisse o fácil acesso de terceiros que não sejam os funcionários responsáveis pela coleta dos resíduos sólidos, afixando placas de advertência por toda a área com os anúncios ‘Proibida a entrada de pessoas não autorizadas’ e ‘Perigo: substâncias tóxicas, inflamáveis e infectantes/contaminantes’, no prazo de 30 dias e designasse um servidor para exercer controle da entrada de caminhões, bem como exercer a vigilância da área; proíba o trabalho de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis no local, no prazo de 30 dias; e não promovesse a queima de resíduos sólidos na área do ‘lixão’, bem como proíba que terceiros realizem a queima, mediante fiscalização constante e afixação de placas de advertência, por toda a área, com os dizeres ‘proibida a queima de lixo’.
O inquérito civil para tratar do problema foi instaurado em 2010, e desde então, o Município tem ciência efetiva de que deveria se adequar à legislação ambiental, e ainda assim, mostra-se negligente, especialmente nesta Gestão onde as práticas se intensificaram de tal forma que foi necessário invadir uma propriedade particular para depositar o lixo produzido na cidade, praticando reiteradamente a queima dos resíduos de toda natureza.
Até o momento do fechamento desta matéria que atualizamos, passados quase 2 meses desde a primeira publicação, nenhuma medida, sequer mitigadora, foi adotada com eficiência, o que se evidencia das fotos (produzidas em 22/03/2024) que usamos para ilustrar esta matéria.
O mais grave de tudo, foi que segundo moradores das imediações, ninguém conseguiu dormir na noite de quinta para sexta-feira (21 para 22/03), por conta da forte fumaça da queima dos resíduos, cujo fogaréu ardeu por toda a tarde e noite, ainda esfumaçando e com focos de fogo até por volta do meio dia da sexta-feira.
Confiram as fotos:
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