O deputado estadual Marcinho Oliveira (UB) criticou a ausência do secretário de Agricultura da Bahia, Tum, na audiência pública realizada nesta terça-feira (7), na Assembleia Legislativa (ALBA), para discussão da crise dos produtores de sisal no semiárido baiano.
“Mais uma vez, o secretário de Agricultura fugiu de um debate de construção de políticas públicas. Ele é secretário de uma pasta que representa 25% do PIB de todo o estado da Bahia. E ele, mais uma vez, foge. Ninguém sabe se é por covardia ou por incompetência mesmo”, criticou Marcinho.
Marcinho solicitou ao governo do Estado que isente a cobrança de ICMS para os produtores de sisal e atualize o valor mínimo defesado do produto.
“Não íamos aqui tratar da Fenagro, que o secretário e o governo cancelaram. Queríamos debater com ele a questão do sisal, as dificuldades que o setor enfrenta. É uma vergonha isso, a ausência de um secretário que comanda uma secretaria responsável mais de 26% do PIB do Estado”, declarou Marcinho Oliveira na abertura do evento.
Crise no Sisal
Diversas entidades comerciais de municípios baianos expressaram sua insatisfação com o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por meio de um manifesto. O estado da Bahia planeja elevar a alíquota base do ICMS de 19% para 20,5%, um acréscimo de 1,5%.
No comunicado, as entidades argumentam que esse aumento representa uma séria ameaça aos direitos e interesses dos cidadãos baianos. Elas não concordam com a justificativa do governo estadual de que o aumento é necessário para compensar a perda de arrecadação decorrente de uma decisão do STF.
O manifesto também menciona que o governo já havia invocado a mesma justificativa de perda de arrecadação há alguns meses para aumentar a alíquota do ICMS de 18% para 19%. As entidades consideram isso uma estratégia recorrente e perigosa, cujo objetivo é extrair mais recursos dos contribuintes sem reduzir os gastos públicos.
As entidades afirmam que o problema não está na receita, mas nos gastos excessivos, “Deste modo, acreditamos que os estados da Federação, de uma forma geral, precisam cortar os gastos excessivos, os desperdícios, os privilégios e as ineficiências que comprometem o equilíbrio financeiro e a capacidade de prestar serviços públicos com qualidade e efetividade”.
Ainda segundo o coletivo, o projeto também prejudica o consumidor baiano, principalmente o mais pobre. “O aumento do ICMS vai repercutir nos preços dos bens e serviços, elevando o custo de vida e reduzindo o poder de compra e o bem estar das famílias baianas. Em termos práticos, o aumento do valor nominal do imposto vem acompanhado do efeito acelerador do preço, o que geraria uma estimativa de aumento para o consumidor em torno de 4,5% nos produtos e serviços, corroendo o poder de compra não só dos salários, mas também dos benefícios, inclusive os sociais”.
Fonte: Atarde e Política Livre
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