
Com a entrada de novos membros, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
deverá julgar processos envolvendo membros do judiciário brasileiro sob
suspeita de cometer irregularidades, dentre eles dirigentes do Tribunal
de Justiça da Bahia (TJ-BA). O presidente do TJ-BA, desembargador Mário
Alberto Hirs e a desembargadora Telma Britto, ex-gestora do tribunal,
poderão ter que prestar esclarecimentos sobre o prejuízo de R$ 448
milhões com precatórios, o extravio de ação por improbidade e a
elaboração de contrato sem licitação com o Banco do Brasil. Também
poderão ser apreciadas ações envolvendo juízes suspeitos de vender
sentenças. Os procedimentos estão parados no colegiado. De acordo com
reportagem da Folha, o corregedor nacional de Justiça, ministro
Francisco Falcão, atrasou o andamento de alguns processos para que
fossem julgados pela nova formação do conselho, pois temia que fossem
arquivados. A intenção de Falcão é finalizar investigações antigas,
algumas iniciadas ainda nas administrações dos seus antecessores no
cargo, Gilson Dipp e Eliana Calmon. Esses procedimentos demoravam por
causa de pedidos de vista ou não eram levados à mesa para julgamento. O
caso do juíz Vítor Xavier Bezerra, envolvido em adoções ilegais na
cidade de Monte Santo, norte da Bahia, também poderá ser desengavetado.
Além do TJ-BA, os tribunais do Paraná, do Rio de Janeiro e de Goiânia
também possuem membros envolvidos com graves irregularidades. A primeira
sessão do CNJ com os novos conselheiros acontece nesta terça-feira
(10).
Fonte: BahiaNotícias